Ontem (26/12) foi meu aniversário e estamos há poucos dias da virada de ano #vem2020. Esses períodos são muitos reflexivos para mim e grandes incentivadores para encerrar ciclos (e começar outros!).
As vezes nós precisamos de um empurrãozinho, para fechar a porta e abrir um novo caminho, né? O tempo todo estamos encerrando e iniciando ciclos: mudança de casa, emprego novo, relacionamento que termina…
E no fim de cada ciclo há uma lição, um aprendizado. Acho que o segredo para enfrentar isso está em compreender que tudo aconteceu como devia, na hora que devia e agora só resta seguir em frente, sem se tornar refém do passado, mas trabalhando para que o futuro seja melhor!
De modo geral, acho que estamos mais propensos a fazer e buscar mudança quando nos encontramos insatisfeitos, mas nem sempre é assim. E as vezes relutamos em enxergar e aceitar que um ponto final precisa ser colocado. Então é importante não se deixar acomodar na zona de conforto e se desvencilhar de situações que já não são mais saudáveis e receber de braços abertos a possibilidade de iniciar um novo ciclo!
Esse processo pode não ser tão fácil, mas eu enxergo como uma chance que a vida nos dá para se redescobrir, se refazer, se encontrar… É incrível saber que ao se fechar uma porta aqui, ganha-se um universo de portas ainda não descobertas para abrir! Com esse pensamento, aquele fio de esperança fica mais forte e resistente, a positividade aumenta, gerando uma onda de energia e foco e motivação, e o seu emocional entra em um estado inabalável e daí por diante!
Maravilhoso né? O poder da perspectiva!
É muito importante saber a hora de encerrar ciclos, mas é mais importante ainda mudar o olhar sobre o fim e se agarrar nas possibilidades de iniciar novos ciclos!
Busque ser sua melhor versão em cada ciclo, não se acomode em um lugar que talvez você não pertença, feche portas e encerre ciclos, mas principalmente descubra novas portas a serem abertas e aproveite a oportunidade!
E agora deixo com vocês uma reflexão incrível. O texto é adaptado e traduzido por Paulo Coelho.
ENCERRANDO CICLOS, DE GLORIA HURTADO.
“Sempre é preciso saber quando uma etapa chega ao final. Se insistirmos em permanecer nela mais do que o tempo necessário, perdemos a alegria e o sentido das outras etapas que precisamos viver. Encerrando ciclos, fechando portas, terminando capítulos – não importa o nome que damos, o que importa é deixar no passado os momentos da vida que já se acabaram.
Foi despedido do trabalho? Terminou uma relação?
Deixou a casa dos pais? Partiu para viver em outro país?
A amizade tão longamente cultivada desapareceu sem explicações?
Você pode passar muito tempo se perguntando por que isso aconteceu. Pode dizer para si mesmo que não dará mais um passo enquanto não entender as razões que levaram certas coisas, que eram tão importantes e sólidas em sua vida, serem subitamente transformadas em pó. Mas tal atitude será um desgaste imenso para todos: seus pais, seu marido ou sua esposa, seus amigos, seus filhos, sua irmã, todos estarão encerrando capítulos, virando a folha, seguindo adiante, e todos sofrerão ao ver que você está parado.
Ninguém pode estar ao mesmo tempo no presente e no passado, nem mesmo quando tentamos entender as coisas que acontecem conosco. O que passou não voltará: não podemos ser eternamente meninos, adolescentes tardios, filhos que se sentem culpados ou rancorosos com os pais, amantes que revivem noite e dia uma ligação com quem já foi embora e não tem a menor intenção de voltar.
As coisas passam, e o melhor que fazemos é deixar que elas realmente possam ir embora. Por isso é tão importante (por mais doloroso que seja!) destruir recordações, mudar de casa, dar muitas coisas para orfanatos, vender ou doar os livros que tem. Tudo neste mundo visível é uma manifestação do mundo invisível, do que está acontecendo em nosso coração – e o desfazer-se de certas lembranças significa também abrir espaço para que outras tomem o seu lugar.
Deixar ir embora. Soltar. Desprender-se.
Ninguém está jogando nesta vida com cartas marcadas, portanto às vezes ganhamos, e às vezes perdemos. Não espere que devolvam algo, não espere que reconheçam seu esforço, que descubram seu gênio, que entendam seu amor. Pare de ligar sua televisão emocional e assistir sempre ao mesmo programa, que mostra como você sofreu com determinada perda: isso o estará apenas envenenando, e nada mais.
Não há nada mais perigoso que rompimentos amorosos que não são aceitos, promessas de emprego que não têm data marcada para começar, decisões que sempre são adiadas em nome do “momento ideal”. Antes de começar um capítulo novo, é preciso terminar o antigo: diga a si mesmo que o que passou, jamais voltará.
Lembre-se de que houve uma época em que podia viver sem aquilo, sem aquela pessoa – nada é insubstituível, um hábito não é uma necessidade. Pode parecer óbvio, pode mesmo ser difícil, mas é muito importante. Encerrando ciclos. Não por causa do orgulho, por incapacidade, ou por soberba, mas porque simplesmente aquilo já não se encaixa mais na sua vida.
Feche a porta, mude o disco, limpe a casa, sacuda a poeira. Deixe de ser quem era, e se transforme em quem é.